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Comunicação não violenta e soluções de conflitos

Autor(es): Ailson Fernandes damasceno

Aman Christina Albuquerque de Almeida

Amanda França Do Espírito Santo

Mourandon Júnior

Vinicius Neto Azevedo

Yuri neto Azevedo

Situação: Aprovado AP

Data de Início: 09/08/2024

Data de Fim: 22/11/2024

Curso(s):

Coordenador(es): Adalberto Aleixo

Professor(es) Articulador(es): Paulo Gustavo Barbosa Caldas

Atividade(s) Extensionista(s): Projeto

Instituição Parceira/Conveniada: Defensoria Pública do DF

Registros:

Descrição

O projeto visa implementar e disseminar a Comunicação Não Violenta (CNV) como uma abordagem eficaz na mediação de conflitos, buscando promover diálogos respeitosos e empáticos entre as partes envolvidas.

A problemática central é a alta incidência de conflitos em diversas esferas, como familiar, escolar e profissional, onde a comunicação muitas vezes é marcada por mal-entendidos, agressividade e falta de empatia. Esses conflitos, se não abordados de forma adequada, podem resultar em relações deterioradas e soluções insatisfatórias. 

A relevância deste projeto reside na necessidade de transformar a maneira como as pessoas se comunicam durante conflitos,  aplicando a CNV.

Vídeos das entrevistas

https://youtu.be/6fAsYZs6AGs?feature=shared 

https://youtu.be/UN-Wn6_RE6s?si=fkbj9ebD_F4MHN8l 

Perguntas utilizadas na fase de execução do projeto: https://acrobat.adobe.com/id/urn:aaid:sc:VA6C2:459d5809-8fcd-413a-9147-e57554641f18

Justificativa

A Comunicação Não Violenta (CNV), desenvolvida por Marshall Rosenberg, representa uma abordagem transformadora para a interação humana, especialmente em um contexto global marcado por tensões, divisões e mal-entendidos. Este projeto visa destacar a importância da CNV em diversas esferas da vida cotidiana, refletindo sua relevância e potencial impacto positivo.

Como Contexto Social e Necessidade de Diálogo, Desenvolvimento da Empatia, Ferramentas Práticas para a Resolução de Conflitos, Impacto na Educação e Crescimento Pessoal, Melhoria nos Ambientes Organizacionais

Portanto, o estudo e a prática da Comunicação Não Violenta são cruciais para a construção de um mundo mais pacífico e colaborativo. Este projeto busca não apenas entender os fundamentos da CNV, mas também explorar suas aplicações práticas e benefícios em diversos contextos. Ao disseminar este conhecimento, pretendemos contribuir para a formação de uma sociedade mais empática e conectada.

Metodologia

Iremos realizar uma entrevista com os assessores da Defensoria Pública para discutir a Comunicação Não Violenta (CNV) e suas implicações no atendimento à população. Essa conversa visa explorar como a CNV pode ser integrada nas soluções de conflitos, promovendo um diálogo mais empático e eficaz.

Relatório final

 

    A atividade extensionista com base nas entrevistas das servidoras da Defensoria Pública evidencia o impacto positivo da Comunicação Não Violenta (CNV) no ambiente de trabalho, especialmente em cenários de tensão e conflito. As respostas das entrevistadas destacam que a aplicação da CNV tem contribuído significativamente para melhorar a comunicação com o público, principalmente com pessoas que chegam nervosas ou estressadas. A prática de escutar e responder com empatia tem facilitado a resolução do problema e o incentivo a mediação e a conciliação, por sua vez, tem reduzido o número de processos e aliviado a carga de trabalho dos servidores.

    Cada um dos princípios da CNV — observação, sentimento, necessidade e pedido — foi, de certa forma, percebido nas respostas das entrevistadas. Segundo Rosenberg, a observação consiste em descrever fatos sem julgamento, permitindo uma interação mais objetiva e sem acusações (Rosenberg, Nonviolent Communication: A Language of Life). Esse princípio parece ter sido aplicado intuitivamente pelas servidoras ao lidarem com demandas de pessoas em estado emocional alterado, criando um espaço de acolhimento em vez de confronto. Em ambientes de defensoria, onde julgamentos e reações defensivas podem facilmente emergir, a observação imparcial é essencial para estabelecer confiança.

 

    O princípio de expressar sentimentos, que ajuda a revelar as emoções envolvidas, foi refletido nas respostas das servidoras quando mencionaram a importância de compreender o estado emocional dos assistidos. A prática de expressar sentimentos de forma clara é um convite ao diálogo genuíno e ajuda a reduzir tensões, já que o público se sente ouvido e reconhecido. Conforme apontado por Rosenberg, a empatia gerada pela expressão autêntica dos sentimentos promove a conexão entre as partes envolvidas, facilitando a resolução do conflito (Rosenberg, Living Nonviolent Communication).

    Outro princípio-chave é o de identificar e expressar necessidades. As servidoras observaram que, ao focar nas necessidades subjacentes às queixas dos assistidos, a comunicação se torna mais eficaz, promovendo o entendimento mútuo e diminuindo a quantidade de processos. Ao perceberem que as queixas das pessoas muitas vezes derivam de necessidades não atendidas, as servidoras conseguem ir além do conflito inicial e encontrar soluções mais colaborativas, como sugerido por Rosenberg.

    Por fim, o pedido claro e específico foi outro aspecto da CNV evidenciado nas entrevistas. As servidoras relataram que essa prática de fazer pedidos diretos, ao invés de imposições ou exigências, facilitou o atendimento e ajudou a resolver demandas complexas. Esse pedido respeitoso permite que o interlocutor tenha uma clareza maior sobre como pode agir, evitando frustrações e conflitos adicionais.

    A prática da CNV, conforme observado nas entrevistas,  impacta positivamente não apenas o desempenho das equipes, mas também o desenvolvimento pessoal dos servidores, ajudando-os a lidar com o estresse diário de forma mais saudável. Com esses resultados, fica evidente que a CNV, além de ser eficaz para a mediação e conciliação, é uma abordagem que promove uma cultura de empatia e entendimento mútuo, fundamental para o ambiente de serviço público e resolução de conflitos.

Além disso, no dia 31 de outubro, às 10h, realizamos uma visita à ABRACE, uma instituição dedicada a oferecer assistência integral e humanizada para crianças e adolescentes com câncer, hemopatias e outras doenças complexas, além de suporte às suas famílias. Vale destacar também a grandiosidade da ABRACE ao colaborar com o GDF na construção e doação do Hospital da Criança. Durante a visita, foi inspirador ver o compromisso da equipe em unir profissionalismo, inovação e pesquisa para promover o bem-estar e o desenvolvimento dos assistidos.

 

Refletindo sobre o trabalho da ABRACE, percebemos uma oportunidade de colaborar através do nosso grupo de Comunicação Não Violenta. Realizar uma palestra para familiares e colaboradores da instituição poderia trazer ferramentas de diálogo empático, ajudando-os a lidar com as dificuldades e o desgaste emocional que acompanham o tratamento de doenças graves. Acreditamos que isso fortaleceria a conexão entre todos, promovendo um ambiente de apoio e compreensão mútua.

Cronograma

 

DATA ATIVIDADE
09/08 Introdução e evolução histórica dos métodos consensuais de solução de conflitos + questionário dos temas sugeridos
16/08 Moderna Teoria do Conflito. Competição versus cooperação
23/08 Teoria dos jogos
30/08 Apresentação do 1° Seminário (ucrânia X rússia)
    06/09 Questionário respondido: métodos adequados de solução de conflitos
    13/09 Mediação – Lei 13.140/15 + desenvolvimento do novo tema
    20/09 Pesquisa e organização do trabalho escrito
    11/10 Desenvolvimento do projeto
    18/10 Realização da entrevista
    25/10 SPGAEX UniProcessus – inserção do projeto
31/10 Visita à ABRACE 
06/11 Desenvolvimento do relatório final
08/11 Entrega do relatório final 

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