Este projeto tem como objetivo analisar a legislação e apresentar as diversas opiniões sobre a menoridade penal, visando compreender as dificuldades que cercam a realidade social e se realmente contribui para a ressocialização dos adolescentes. A problemática principal envolve questões como a eficácia das medidas socioeducativas, o impacto da criminalização precoce na vida dos jovens e se a redução da idade penal traria benefícios ou agravaria o problema da criminalidade juvenil.
A relevância desse projeto para a aplicação dos Métodos Adequados de Solução de Conflitos (MASC) está em buscar alternativas que não apenas punir, mas também reabilitem esses jovens. podem ser oferecidas soluções como mediação, conciliação e justiça restaurativa, que focam na resolução de conflitos de maneira mais humanizada e menos punitiva, promovendo a integração social e reduzindo a reincidência criminal.
A maioridade penal tem um grande impacto nas questões essenciais, como a proteção de direitos, a ressocialização de jovens e a aplicação de uma justiça que busque o equilíbrio entre punição e prevenção. O projeto propõe uma análise da percepção sobre a legislação penal e suas consequências, com o objetivo de garantir que as penas sejam justas e compatíveis com os crimes cometidos por menores de idade, mas que também sirvam para combater a criminalidade juvenil.
O impacto social desses conflitos provoca discussões profundas sobre as melhores formas de proporcionar uma solução mais humanizada. Isso inclmétodos eficazes de prevenção ao crime, priorizando a inclusão social e a ressocialização dos jovens infratores. O desenvolvimento de projetos que promovam o acesso a recursos educacionais e oportunidades de trabalho tem sido uma das alternativas para diminuir a criminalidade nas ruas, com a colaboração de organizações comunitárias e um sistema de justiça juvenil que busca, sempre, alternativas ao crime.
A penalidade justa é essencial para evitar que os jovens infratores desenvolvam sentimentos de revolta, o que poderia levar à reincidência criminal. Nesse sentido, uma das ferramentas mais importantes é a mediação, que promove o diálogo entre as partes envolvidas, sempre visando uma resposta justa e equilibrada aos conflitos.
A metodologia deste projeto será baseada na aplicação de um questionário a diferentes grupos da população, com o objetivo de coletar opiniões sobre a maioridade penal e as medidas socioeducativas. A partir das respostas obtidas, será elaborado um relatório final que sintetiza as conclusões mais relevantes, com foco na importância de informar e conscientizar a população sobre o tema.
O produto realizado foi um questionário aplicado ao público para coletar opiniões sobre a redução da maioridade penal.
AGOSTO | SETEMBRO | OUTUBRO | NOVEMBRO |
Dia 09/08 –
Introdução, programa, avaliação UNIDADE 1 – Introdução e evolução histórica dos métodos consensuais de solução de conflitos. |
Dia 06/09 –
Questionário 1 sobre métodos adequados de solução de conflitos |
Dia 04/10 –
Apresentação dos projetos, com cronogramas e documentos produzidos. |
Dia 01/11 –
2º seminários (iniciativa privada e práticas consensuais de solução de conflitos) |
Dia 16/08 –
Divisão dos grupos. Definição dos produtos (1º e 2º bimestre) Início dos projetos. |
Dia 13/09 –
Apresentar um quadro comparativo, em formato de planilha e com texto explicativo, entre os manuais |
Dia 11/10 –
Questionário 2 |
Dia 8/11 – Elaboração do relatório final |
Dia 23/08 –
Formação dos grupos por assunto |
Dia 20/09 –
1º Seminário (Poder público e métodos adequados de solução de conflitos) |
Dia 18/10 –
Reunião para organização do Questionário. |
Dia 22/11 –
Entrega do projeto. |
Dia 30/08 –
– Caso simulado – O pedreiro. |
27/09 –
Avaliação |
25/10 –
Apresentação do projeto. |
A finalidade do presente projeto, desenvolvido na matéria extensionista Métodos Adequados de Solução de Conflitos, é destacar a importância de um conhecimento amplo em temas diversificados, especialmente em questões sociais de alta relevância, permitindo a observação de diversos aspectos e percepções distintas sobre um mesmo tema. O trabalho exigiu a análise de um tema de significativa relevância social: a redução da maioridade penal e a ressocialização de menores infratores no Brasil. O debate ressaltou a necessidade de equilibrar segurança pública, proteção aos direitos humanos, políticas preventivas, melhorias no sistema socioeducativo e a ressocialização dos jovens que entram em conflito com a lei.
O grupo finalizou o projeto com base nos dados coletados por meio de um questionário aplicado a diferentes faixas etárias, níveis de escolaridade e áreas de atuação. A pesquisa permitiu compreender as distintas opiniões de cada indivíduo e o impacto social por trás de cada argumento, reforçando a importância de estratégias humanizadas em cenários de instabilidade.
Fundamentado nos resultados da pesquisa, a maioria dos participantes demonstrou ser favorável à redução da maioridade penal no Brasil. Observou-se que, em relação à ressocialização e às medidas socioeducativas, uma ampla parcela dos respondentes (92,2%) reconhece que o apoio psicológico, o foco na reeducação e o envolvimento da comunidade no processo de reintegração dos jovens, são medidas mais eficazes do que punições severas. Além disso, 89,2% ressaltaram a falta de infraestrutura adequada como fator que compromete a efetividade da ressocialização desses menores.
Embora a redução da maioridade penal seja amplamente aceita pelos participantes, observa-se uma valorização significativa de estratégias focadas na ressocialização dos infratores, com o objetivo de diminuir tanto a ocorrência de crimes cometidos por menores quanto os índices de reincidência.
Ainda que 55,4% dos participantes nunca tenham sido vítimas de menores infratores, o índice de 44,6% que relataram ter vivenciado essa situação é significativo e reforça a complexidade do tema, especialmente ao se buscar um equilíbrio entre punição e ressocialização.
Assim, o estudo evidencia a relevância do tema da redução da maioridade penal, ao mesmo tempo em que destaca a importância de ações concretas para melhorar a ressocialização desses jovens.
Concluímos que a medida mais promissora para enfrentar o desafio da criminalidade juvenil está no equilíbrio entre justiça e uma ressocialização efetiva, considerando que 68,3% apontaram a reeducação como mais benéfica para a segurança pública do que a aplicação de punições severas.