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Rompimento da barragem de Fundão, em Mariana

Autor(es): Lorrenne Beijo Duarte

Letícia Anne Lima Soare

Hernando Alves Rufino

Rafael Gennari de Souza

Helen Cristina da Costa

Situação: Em Andamento AN

Data de Início: 09/08/2024

Data de Fim: 22/11/2024

Curso(s):

Coordenador(es): Adalberto Aleixo

Professor(es) Articulador(es): Paulo Gustavo Barbosa Caldas

Atividade(s) Extensionista(s): Projeto

Instituição Parceira/Conveniada: AGU - ADVOCACIA GERAL DA UNIÃO

Registros:

Descrição

Este projeto busca analisar o rompimento da barragem de Mariana, ocorrida em 2015, e suas complexas consequências nos âmbitos social, ambiental e jurídico. O problema central envolve uma catástrofe que resultou em perdas humanas, destruição de comunidades, graves danos ao meio ambiente e a necessidade de peças e reparos de vidas.

A relevância deste estudo reside na complexidade de lidar com as múltiplas frentes de conflitos gerados por desastres: desde disputas por indenizações e responsabilidade empresarial, até questões de restauração ambiental e reassentamento de populações. Nesse contexto, os Métodos Adequados de Solução de Conflitos (MASC) oferecem um caminho inteligente e eficiente para enfrentar esses desafios, evitando a morosidade dos processos judiciais tradicionais e promovendo soluções mais céleres, justas e negociadas entre as partes envolvidas.

Acesso ao material produzido pelo grupo:

https://drive.google.com/drive/folders/1mCF5DZxn5qtkSH9C6pDQhuxxVyZ92pVy

 

Fundamentação teórica

O projeto investiga os impactos ambientais e sociais do rompimento da barragem de Fundão, em Mariana, Minas Gerais, um dos piores desastres da mineração no Brasil. Além das 19 vidas perdidas, o incidente trouxe consequências devastadoras para o ecossistema e para as comunidades locais, afetando a qualidade da água, a biodiversidade e os meios de subsistência de milhares de pessoas.

A pesquisa se propõe a analisar as falhas na legislação e na fiscalização que permitiram a ocorrência do desastre, assim como a responsabilidade das empresas envolvidas. Serão exploradas as medidas legais e administrativas necessárias para garantir a recuperação ambiental e social da região afetada e para evitar que tragédias semelhantes se repitam no futuro. A importância da responsabilização civil das empresas será um dos focos centrais, garantindo que as vítimas recebam a reparação adequada.

As referências bibliográficas que servirão como embasamento para este projeto incluem:

  • BRASIL. Laudo Técnico Preliminar: Impactos ambientais decorrentes do desastre envolvendo o rompimento da barragem de Fundão, em Mariana, Minas Gerais. Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – IBAMA. Minas Gerais, 2015. Disponível em: IBAMA. Acesso em: 07 de dez. 2015.
  • BRASIL. Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998. Dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras providências. Diário Oficial da União. Brasília, 1998. Disponível em: Lei nº 9.605. Acesso em: 15 dez. 2015.
  • BRASIL. Lei nº 12.651, de 25 de maio de 2012. Dispõe sobre a proteção da vegetação nativa e dá outras providências. Diário Oficial da União. Brasília, 2012. Disponível em: Lei nº 12.651. Acesso em: 15 dez. 2015.
  • CORRÊA, H.; LIMA, S.; GOMIDE, R. Mariana: os dramas e as culpas pela tragédia. Revista Época. 2015. Disponível em: Época. Acesso em: 19 de dez. 2015.
  • BARBA, M. D. Mesmo sem ser tóxica, lama de barragem em Mariana deve prejudicar ecossistema por anos. In: BBC Brasil. 2015. Disponível em: BBC Brasil. Acesso em: 13 de dez. 2015.
  • GONÇALVES, E.; VESPA, T.; FUSCO, N. Tragédia Evitável. Revista Veja. Minas Gerais, Edição 2.452, ano 48, nº 46, p. 70-71, 2015.
  • PEREZ, F. Lama e descaso. Revista IstoÉ. Edição 2398, 2015. Disponível em: IstoÉ. Acesso em: 18 de dez. 2015.
  • SASSINE, V. Laudo aponta que rio Doce estará sujeito a condições imprevisíveis. Jornal O Globo. 2015. Disponível em: O Globo. Acesso em: 29 de dez. 2015.
  • SITE G1. Autoridades tentam descobrir causa do rompimento de barragem em MG. 2015. Disponível em: G1. Acesso em: 13 de dez. 2015.

Justificativa

O rompimento da barragem em Mariana, ocorrido em 2015, representa um dos maiores desastres ambientais e sociais da história do Brasil. A tragédia não apenas ceifou vidas humanas, como também devastou ecossistemas, destruiu comunidades inteiras e trouxe à tona a questão da responsabilidade empresarial em relação à segurança ambiental e à proteção das populações impactadas.

Este projeto é justificado pela complexidade dos conflitos gerados por desastres dessa magnitude, que envolvem múltiplos atores e diferentes frentes de impacto: econômico, ambiental, social e jurídico. A resolução dessas questões de forma justa e eficiente demanda um olhar interdisciplinar, capaz de considerar tanto as necessidades urgentes das vítimas quanto a restauração dos danos ambientais e a reparação financeira.

Ademais, a relevância acadêmica deste estudo reside na análise crítica dos Métodos Adequados de Solução de Conflitos (MASC), como mediação, conciliação e arbitragem, em desastres ambientais. A aplicação desses métodos surge como uma alternativa fundamental para superar a morosidade da justiça tradicional, promovendo soluções mais ágeis e eficazes. O projeto também contribuirá diretamente para o debate sobre os direitos humanos, justiça socioambiental e as políticas públicas voltadas à gestão de desastres.

Impacto na Comunidade

A importância social deste estudo vai além do campo acadêmico. O projeto visa beneficiar as comunidades diretamente atingidas pelo rompimento da barragem ao oferecer caminhos para a resolução de seus conflitos. Com a aplicação dos MASC, o objetivo é promover um diálogo mais inclusivo entre as partes envolvidas, favorecendo a reparação integral das vítimas e a restauração dos ecossistemas afetados. A expectativa é que a comunidade se sinta ouvida e valorizada nos processos de decisão, evitando a exclusão que, muitas vezes, é observada nas tratativas judiciais convencionais.

Cronograma

 

AGOSTO SETEMBRO OUTUBRO NOVEMBRO
Dia 09/08 – 

Introdução, programa, avaliação UNIDADE 1 – Introdução e evolução histórica dos métodos consensuais de solução de conflitos.

Dia 06/09 –  

Questionário 1 sobre métodos adequados de solução de conflitos 

Dia 04/10 –  

Apresentação dos projetos, com cronogramas e documentos produzidos.

Dia 01/11 –  
Dia 16/08 – 

Divisão dos grupos. Definição dos produtos (1º e 2º bimestre) Início dos projetos.

Dia 13/09 – 

Apresentar um quadro comparativo, em formato de planilha e com texto explicativo, entre os manuais 

Dia 11/10 –  

Questionário 2

Dia 8/11 – 
Dia 23/08 – 

Formação dos grupos por assunto

Dia 20/09 –  

1º Seminário (Poder público e métodos adequados de solução de conflitos)

Dia 18/10 –

Reunião para organização da Cartilha.

Dia 22/11 –  
Dia 30/08

Caso simulado – O pedreiro

27/09 – 

Semana de Avaliação

25/10 – 

31/10 – visita ABRACE

Dia 29/11 –

Relatório final

RESUMO:

O presente projeto extensionista objetivou o aprofundamento sobre o desastre ocorrido em Mariana, no ano de 2015, com o rompimento da barragem de fundão.

O principal objetivo foi entender como se deu a atuação governamental no sentido de promover e intermediar as negociações para reparação dos danos causados ao meio ambiente e a população diretamente atingida pelo desastre.

A relevância do estudo em questão está na complexidade em lidar com os diversos tipos de conflitos gerados pelo desastre, que vão desde a disputa por indenizações e de responsabilização judicial, até a questão afeta a restauração ambiental e o reassentamento da população local.

Desse modo, houve o estudo sobre o acordo judicial para reparação integral e definitiva relativa ao rompimento da barragem de fundão entabulado entre a União, o IBAMA, ICMbio, a Agência Nacional de ÁGUAS (ANA), A FUNAI e o INSS. O referido acordou previu a alocação financeira de cento e setenta bilhões de reais distribuído para as mais diversas áreas, demonstrando, assim, o sucesso da conciliação promovida pela mediação judicial e pela atuação integrada de diversos órgãos governamentais.

INSTITUIÇÃO PARCEIRA:

A instituição parceira deste projeto, o Instituto Abrace (Associação Brasileira de Assistência às Famílias de Crianças Portadoras de Câncer e Hemopatias), foi fundada em 1986 por um grupo de pais de crianças em tratamento de câncer no Hospital de Base do Distrito Federal. Desde então, a Abrace tem se dedicado a apoiar famílias que enfrentam dificuldades econômicas e emocionais durante o tratamento de doenças graves, como o câncer infantojuvenil e hemopatias.

 

PÚBLICO-ALVO:

Comunidade impactada por conflitos ambientais: indivíduos e grupos diretamente envolvidos ou afetados por questões ambientais, como disputas pelo uso da terra, acesso a recursos naturais ou impactos de degradação ambiental. Esse público inclui tanto moradores locais quanto representantes de organizações que buscam soluções para esses conflitos.

               Comunidade acadêmica e estudantes de Direito: participantes do curso que, ao aplicar métodos adequados de soluções de conflitos, têm a oportunidade de desenvolver habilidades práticas e contribuir para o entendimento e a resolução pacífica de conflitos ambientais, especialmente aqueles com implicações legais e sociais.

RESULTADOS ALCANÇADOS:

Ampliação do conhecimento sobre a tragédia de Mariana: Através de palestras, debates e discussões, foi possível transmitir informações detalhadas e fundamentadas sobre o desastre de Mariana e seus desdobramentos para o público-alvo, promovendo um entendimento profundo dos  impactos ambientais, sociais e legais envolvidos.

Desenvolvimento de um estudo acadêmico substancial: O projeto resultou na produção de um estudo acadêmico relevante, que abrangeu desde a análise das negociações e acordos judiciais até as políticas públicas adotadas para reparar os danos, com o objetivo de contribuir para o campo de mediação e gestão de conflitos ambientais.

Fomento à conscientização sobre a mediação de conflitos e acordos de reparação: O

projeto incentivou a reflexão sobre a importância dos acordos e da mediação de conflitos em casos de desastres ambientais, destacando o papel fundamental da conciliação para alcançar soluções justas e eficazes que envolvam o governo, empresas e comunidades afetadas.

QUANTIDADE DE BENEFICIÁRIOS:

– Aproximadamente 50 beneficiários atendidos pelo Instituto ABRACE

– Aproximadamente 40 alunos da faculdade Uniprocessus.

 

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