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Rompimento da barragem de Fundão, em Mariana

Autor(es): Lorrenne Beijo Duarte

Letícia Anne Lima Soare

Hernando Alves Rufino

Rafael Gennari de Souza

Helen Cristina da Costa

Situação: Em Andamento AN

Data de Início: 09/08/2024

Curso(s):

Coordenador(es): Adalberto Aleixo

Professor(es) Articulador(es): Paulo Gustavo Barbosa Caldas

Atividade(s) Extensionista(s): Projeto

Instituição Parceira/Conveniada: AGU - ADVOCACIA GERAL DA UNIÃO

Registros:

Descrição

Este projeto busca analisar o rompimento da barragem de Mariana, ocorrida em 2015, e suas complexas consequências nos âmbitos social, ambiental e jurídico. O problema central envolve uma catástrofe que resultou em perdas humanas, destruição de comunidades, graves danos ao meio ambiente e a necessidade de peças e reparos de vidas.

A relevância deste estudo reside na complexidade de lidar com as múltiplas frentes de conflitos gerados por desastres: desde disputas por indenizações e responsabilidade empresarial, até questões de restauração ambiental e reassentamento de populações. Nesse contexto, os Métodos Adequados de Solução de Conflitos (MASC) oferecem um caminho inteligente e eficiente para enfrentar esses desafios, evitando a morosidade dos processos judiciais tradicionais e promovendo soluções mais céleres, justas e negociadas entre as partes envolvidas.

Fundamentação teórica

O projeto investiga os impactos ambientais e sociais do rompimento da barragem de Fundão, em Mariana, Minas Gerais, um dos piores desastres da mineração no Brasil. Além das 19 vidas perdidas, o incidente trouxe consequências devastadoras para o ecossistema e para as comunidades locais, afetando a qualidade da água, a biodiversidade e os meios de subsistência de milhares de pessoas.

A pesquisa se propõe a analisar as falhas na legislação e na fiscalização que permitiram a ocorrência do desastre, assim como a responsabilidade das empresas envolvidas. Serão exploradas as medidas legais e administrativas necessárias para garantir a recuperação ambiental e social da região afetada e para evitar que tragédias semelhantes se repitam no futuro. A importância da responsabilização civil das empresas será um dos focos centrais, garantindo que as vítimas recebam a reparação adequada.

As referências bibliográficas que servirão como embasamento para este projeto incluem:

  • BRASIL. Laudo Técnico Preliminar: Impactos ambientais decorrentes do desastre envolvendo o rompimento da barragem de Fundão, em Mariana, Minas Gerais. Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – IBAMA. Minas Gerais, 2015. Disponível em: IBAMA. Acesso em: 07 de dez. 2015.
  • BRASIL. Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998. Dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras providências. Diário Oficial da União. Brasília, 1998. Disponível em: Lei nº 9.605. Acesso em: 15 dez. 2015.
  • BRASIL. Lei nº 12.651, de 25 de maio de 2012. Dispõe sobre a proteção da vegetação nativa e dá outras providências. Diário Oficial da União. Brasília, 2012. Disponível em: Lei nº 12.651. Acesso em: 15 dez. 2015.
  • CORRÊA, H.; LIMA, S.; GOMIDE, R. Mariana: os dramas e as culpas pela tragédia. Revista Época. 2015. Disponível em: Época. Acesso em: 19 de dez. 2015.
  • BARBA, M. D. Mesmo sem ser tóxica, lama de barragem em Mariana deve prejudicar ecossistema por anos. In: BBC Brasil. 2015. Disponível em: BBC Brasil. Acesso em: 13 de dez. 2015.
  • GONÇALVES, E.; VESPA, T.; FUSCO, N. Tragédia Evitável. Revista Veja. Minas Gerais, Edição 2.452, ano 48, nº 46, p. 70-71, 2015.
  • PEREZ, F. Lama e descaso. Revista IstoÉ. Edição 2398, 2015. Disponível em: IstoÉ. Acesso em: 18 de dez. 2015.
  • SASSINE, V. Laudo aponta que rio Doce estará sujeito a condições imprevisíveis. Jornal O Globo. 2015. Disponível em: O Globo. Acesso em: 29 de dez. 2015.
  • SITE G1. Autoridades tentam descobrir causa do rompimento de barragem em MG. 2015. Disponível em: G1. Acesso em: 13 de dez. 2015.

Justificativa

 

O rompimento da barragem em Mariana, ocorrido em 2015, representa um dos maiores desastres ambientais e sociais da história do Brasil. A tragédia não apenas ceifou vidas humanas, como também devastou ecossistemas, destruiu comunidades inteiras e trouxe à tona a questão da responsabilidade empresarial em relação à segurança ambiental e à proteção das populações impactadas.

Este projeto é justificado pela complexidade dos conflitos gerados por desastres dessa magnitude, que envolvem múltiplos atores e diferentes frentes de impacto: econômico, ambiental, social e jurídico. A resolução dessas questões de forma justa e eficiente demanda um olhar interdisciplinar, capaz de considerar tanto as necessidades urgentes das vítimas quanto a restauração dos danos ambientais e a reparação financeira.

Ademais, a relevância acadêmica deste estudo reside na análise crítica dos Métodos Adequados de Solução de Conflitos (MASC), como mediação, conciliação e arbitragem, em desastres ambientais. A aplicação desses métodos surge como uma alternativa fundamental para superar a morosidade da justiça tradicional, promovendo soluções mais ágeis e eficazes. O projeto também contribuirá diretamente para o debate sobre os direitos humanos, justiça socioambiental e as políticas públicas voltadas à gestão de desastres.

Impacto na Comunidade

A importância social deste estudo vai além do campo acadêmico. O projeto visa beneficiar as comunidades diretamente atingidas pelo rompimento da barragem ao oferecer caminhos para a resolução de seus conflitos. Com a aplicação dos MASC, o objetivo é promover um diálogo mais inclusivo entre as partes envolvidas, favorecendo a reparação integral das vítimas e a restauração dos ecossistemas afetados. A expectativa é que a comunidade se sinta ouvida e valorizada nos processos de decisão, evitando a exclusão que, muitas vezes, é observada nas tratativas judiciais convencionais.

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